Projeto Enraizar: Integração Regional em Combate ao Trabalho Escravo no Maranhão

- Consolidar uma rede integrada de entidades sociais regionais em combate às práticas de aliciamento e incidência de trabalho escravo no Maranhão
- Reestruturar o FOREM (Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo no Maranhão), uma articulação de entidades sociais, criada em outubro de 2004, para combater essa mazela social que assola o país em pleno século 21

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Sobre a Escravidão Contemporânea no Maranhão


Em pleno século 21, a escravidão contemporânea aliada a outras formas de exploração da mão-de-obra atinge milhares de famílias maranhenses que ou são exploradas em seus próprios locais de origem (municípios maranhenses, em fazendas e/ou carvoarias) ou saem do Estado e são submetidas, longe de casa, a situações de trabalho forçado e demais práticas de super-exploração de trabalho, principalmente nas áreas rurais (monocultura da cana-de-açúcar ou demais lavouras localizadas no sudeste do Brasil).

O Maranhão é considerado o maior exportador de trabalhadores escravizados no Brasil e até fora, como é o caso das atividades ligadas ao garimpo na Guiana Francesa e no Suriname. Mais de 40% dos trabalhadores escravizados atualmente no Brasil saem do Maranhão.

Neste contexto, desde a década de 70, a CPT (Comissão Pastoral da Terra) e, já nos anos 90, também o CDVDH (Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos) de Açailândia, denunciam casos de trabalho escravo no Estado. Em 2004, essas duas entidades unidas a outras que lutam em favor dos direitos humanos no Maranhão criam o FOREM (Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo), momento em que se inicia um fórum de discussão em âmbito estadual (e não mais regional) de combate à escravidão contemporânea no Estado. É a partir desse fórum que há uma iniciativa de consolidar uma rede de atendimento às vítimas do trabalho escravo que, até então, não tinham referencial de denúncia nem de acesso às políticas públicas.

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